segunda-feira, 17 de maio de 2010

O amor, a fé,..., tem feito coisas que até Deus se admira!!!

Diz a letra de uma música que: “O amor tem feito coisas que até Deus se admira!” Sinceramente confesso que não concordo ou acredito que Deus duvide do que o amor ou a fé possa fazer. E era ou é essa capacidade desse Deus criador de se admirar dos atos de fé e amor do ser humano que atraia/atrai a Ele numerosas multidões. Os evangelhos nos fala de Jesus se admirando dos gestos ou atos de fé e amor do cobrador de impostos Zaqueu (Lc 19, 1-10); da mulher pecadora (prostituta) que lavou os pés de Jesus com suas lágrimas e os enxugava com seu cabelo (Lc 7, 36-50); da fé do centurião que pediu para Jesus curar o seu servo (Mt 8, 5-13).
Zaqueu era cobrador de impostos e era um homem riquíssimo que juntou riquezas de maneira ilegal, - para variar. Ele não pertencia ao grupo dos 72 discípulos e nem dos 12 apóstolos, mas fez um sacrifício tão grande que Jesus (Deus-Homem) escolheu a sua casa para fazer uma rápida pousada. A mulher pecadora (prostituta) que lavou os pés de Jesus com suas lágrimas e os enxugava com seu cabelo também não pertencia ao grupo dos 72 discípulos e nem dos 12 apóstolos, mas demonstrou uma fé fervorosa/ardorosa tão grande que recebeu o amor de Deus que perdoa todos os pecados. Por sua vez o centurião que pediu a Jesus para curar seu servo também não pertencia ao grupo dos 72 discípulos e nem dos 12, mas pertencia a um grupo religioso da época que se consideravam sem necessidade de salvação. Todavia, “demonstrou uma fé que ninguém em Israel possuía” e obteve de Deus a cura salvadora do seu servo.
Tendo dito isso pode-se ver que os atos de fé e amor que mais comoveram e admiraram a Deus foram praticados por aquelas (es) que não pertenciam ao grupo dos 72 discípulos, dos 12 apóstolos, dos que cumpria a lei mosaica, dos que iam as sinagogas sempre... Eu não hesito em afirmar que ainda hoje é assim, com aquelas (es) que não pertencem aos movimentos da Igreja, pastorais, grupos, associações, as/os que vão a Igreja uma vez por ano ou somente no Natal, Páscoa, Festa do padroeiro, do Divino,...
Muitas (os) que não participam ativamente da vida da Igreja, muitas vezes demonstram uma fé, amor, fervor, ardor, respeito, veneração a Deus e as “coisas” relacionadas a Ele “muito maior” do que aquelas (es) que estão engajadas (os) plenamente na vida da Igreja.
Em assim sendo pode-se afirmar que estas/estes são as/os diletas (os) de Deus. Oxalá, seja as/os diletas da Igreja (Sacramento = Sinal Visível Universal de Salvação) de SALVAÇÃO E NÃO DE CONDENAÇÃO SUMÁRIA.VOCACIONADA a continuar a missão de Jesus no mundo, a ser essa presença de Jesus no mundo, a continuar a obra de salvação, perdão, e sobretudo o gesto de ACOLHIMENTO. ACOLHIMENTO e não desagregação. Vocacionada = chamada a refletir a imagem do Cristo servo e sofredor.
Ora, Jesus não rejeitou, dispensou, excluiu, nenhuma/nenhum daquelas (es) que desejaram se aproximar Dele. E sabendo que Ele acolheu Zaqueu o cobrador e assim lhe devolveu a paz e o amor, esperamos que a Igreja ACOLHA aquelas (es) que vêem em Madalena – a pecadora (prostituta) – a sua própria fé. Madalena a primeira a ver o Senhor Ressuscitado e anunciar/testemunhar que Jesus Ressuscitou.
Aquelas (es) que acompanham as esmolas do Divino Espírito Santo são testemunhas vivas da acolhida generosa, fervorosa, ardorosa e cheia de fé da Bandeira do Divino Espírito Santo e de suas/seus foliões/devotas (os) em suas casas. Muitas dessas/desses que fazem essa acolhida, às vezes chega até a “disputar” de modo sadio a presença da Bandeira do Divino Espírito Santo em suas casas para dormir e poderem oferecer o café da manhã, essas/esses muitas vezes não são católicos engajadas (os) na vida da Igreja, mas demonstram atos de fé e amor semelhantes ao que encontramos na Bíblia, capazes de fazer Deus se admirar delas (es). Bem ao contrário daquelas (es) que participam ativamente da vida da Igreja, que muitas vezes possuem a mesma postura arrogante, auto-suficiente e de superioridade dos fariseus, chefes das sinagogas, doutores da lei,..., que julgavam não necessitar mais de Salvação, pois cumpriam a Lei, freqüentavam a sinagoga – hoje freqüentam a Igreja.
Por isso “defendemos” a inclusão do nome DAQUELAS (ES) QUE DESEJAM PARTICIPAR DO SORTEIO DA FESTA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO, SOBRETUDO DAQUELAS (ES) QUE QUEREM E SE IDENTIFICAM COMA REFERIDA FESTA.

“Quando Jesus chegou ao lugar, levantou os olhos e disse-lhe: Desce logo Zaqueu, desce logo, pois hoje devo ficar em tua casa (...) Jesus lhe disse: Hoje a Salvação entrou nesta casa, porque ele também é um filho de Abrãao. Com efeito, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.” (Lc 19, 5.9-10)

“Então Jesus voltou-se para a mulher e disse a Simão: Está vendo esta mulher? Quando entrei em sua casa, você não me ofereceu água para lavar os pés; ela, porém, banhou meus pés com lágrimas, e os enxugou com os cabelos. Você não me deu o beijo de saudação; ela, porém, desde que entrei, não parou de beijar meus pés. Você não derramou óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume. Por essa razão, eu declaro a você: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados, porque ela demonstrou muito amor. Aquele a quem foi perdoado pouco, demonstra pouco amor». E Jesus disse à mulher: Seus pecados estão perdoados. Mas Jesus disse à mulher: Sua fé salvou você. Vá em paz!” (Lc 7, 44-48.50)

“Ouvindo isso, Jesus ficou admirado e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que, em Israel, não achei ninguém que tivesse tal fé. Mas eu vos digo que virão muitos do oriente e do ocidente e se assentarão à mesa no Reino dos Céus, com Abraão, Isaac e Jacó, enquanto os filhos do Reino serão postos para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes. Em seguida, disse ao centurião: Vai! Como creste, assim te seja feito!Naquela mesma hora o criado ficou são.” (Mt 8, 10-13)

Claudio Roberto de Jesus.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Manifestação pública da fé num Deus que caminha!

Após o domingo de Páscoa as/os devotas (os) do Divino Espírito Santo saem pelas ruas de Barreiras em peregrinação com a Bandeira do Divino Espírito Santo pedindo as esmolas. Mais do que uma peregrinação pelas ruas de nossa cidade arrecadando dinheiro e donativos, para a realização da Festa do Divino Espírito Santo no dia de Pentecostes com a distribuição do almoço, - prática extinta pela proibição da Igreja – as esmolas do Divino Espírito Santo é a manifestação pública da nossa fé na terceira pessoa da Santíssima Trindade. Manifestação pública de uma fé, que Ele, só e somente só Ele, que é ONISCIENTE, ONIPOTENTE e ONIPRESENTE, e que sonda o nosso coração, conhece e pode determinar a validade ou não desta fé.
Do mesmo modo que manifestamos a nossa fé pelas ruas da cidade com as procissões pedindo a proteção de Deus e a intercessão das/dos amigas (os) de Deus que são as/os santas (os), - as esmolas do Divino Espírito Santo mais do que arrecadar dinheiro e donativos, é uma súplica inenarrável pedindo a proteção do nosso Paráclito (Advogado) que nos conduz à plena verdade à todas (os) aquelas (es) que receberem a Bandeira do Divino Espírito Santo, a todos os lares e comércio onde a bandeira entra, enfim, suplicando as curas, os milagres e as bênçãos para todas (os) que se encontrarem com a Bandeira. As esmolas do Divino Espírito Santo é uma súplica inenarrável pedindo a Ele que coroa tudo que existe e que existirá, Ele que é o autor de toda vida, que renove o coração de todas (os), as famílias, esta cidade, a Igreja e que dê uma nova vida a todas (os).
A caminhada com a Bandeira do Divino Espírito Santo é um sinal visível da presença invisível de nosso Deus Consolador e de suas/seus amigas (os) – as/os santas (os) – caminhando conosco dia-a-dia em nossa dura caminhada, jornada,... Como dizia Santo Agostinho: “... o nosso coração não descansa enquanto não repousar em Vós ”. De fato como diz o nosso admirável Papa Bento XVI: “Os santos caminham conosco” Ainda, “quem acredita (quem tem fé) nunca está só, nem nesta vida e nem na outra”.
Apesar da multidão de nossos pecados, da nossa imaginação vagabunda, safadeza, impureza de coração, pensamentos, desejos, abominação, depravação, devassidão, de nossa baixeza e indignidade, pedimos a Ele que não olhe para tudo isso, mas para aquele sentimento minúsculo, tão minúsculo que chega a ser vergonhoso, mas que ousamos chamar de fé. Fé que novamente volto a repetir, Ele, só e somente só Ele, que perscruta nosso coração, conhece e pode determinar a validade ou não dela. E assim sendo saímos em caminhada.
Saímos em caminhada, pois o povo de Deus é um povo que caminha.
Ainda, fé é obediência, atitude, é caminhar. Abraão, pai da fé caminhou com o povo rumo a Terra Prometida em resposta à sua fé. Moisés caminhou por quarenta anos no deserto em obediência à sua fé. Maria, Mãe da fé fez uma longa caminhada para servir, logo após saber que era morada de Deus. Os discípulos, apóstolos e as multidões caminharam com Jesus pregando, anunciando e testemunhando a Boa Nova do Reino de Deus.
O povo de Deus é um povo que caminha porque DEUS É UM DEUS QUE CAMINHA, QUE PEREGRINA com o seu povo; QUE CAMINHA, QUE PEREGRINA rumo ao ser humano,... Por isso as/os devotas (os) do Divino Espírito Santo caminham com a Bandeira do Divino Espírito Santo. Sabemos que a Bandeira não é Deus. A imagem não é Deus e nem é para ser adorada. A Bandeira ou a imagem é para ser contemplada/meditada, é para ajudar na meditação ou contemplação.
Essa manifestação pública da fé quer ser e de fato é, um repúdio a espécie de projeto que parece existir com a finalidade de acabar com essa manifestação, que também é uma manifestação cultural de massa ou popular da cidade que ainda resiste.
Claudio Roberto de Jesus