
Manuel Faustino, presente! -Lucas Dantas, presente! -Luis Gonzaga, presente! -Joao de Deus, presente!
"Animai-vos Povo baiense que está para chegar o tempo feliz da nossa Liberdade: o tempo em que todos seremos irmãos: o tempo em que todos seremos iguais." (in: RUY, Afonso. A primeira revolução social do Brasil. p. 68.)
Durante a fase de repressão, centenas de pessoas foram denunciadas - militares, clérigos, funcionários públicos e pessoas de todas as classes sociais. Destas, quarenta e nove foram detidas, a maioria tendo procurado abjurar a sua participação, buscando demonstrar inocência.
Finalmente, no dia 8 de Novembro de 1799, procedeu-se à execução dos condenados à pena capital, por enforcamento, na seguinte ordem:
"Animai-vos Povo baiense que está para chegar o tempo feliz da nossa Liberdade: o tempo em que todos seremos irmãos: o tempo em que todos seremos iguais." (in: RUY, Afonso. A primeira revolução social do Brasil. p. 68.)
Durante a fase de repressão, centenas de pessoas foram denunciadas - militares, clérigos, funcionários públicos e pessoas de todas as classes sociais. Destas, quarenta e nove foram detidas, a maioria tendo procurado abjurar a sua participação, buscando demonstrar inocência.
Finalmente, no dia 8 de Novembro de 1799, procedeu-se à execução dos condenados à pena capital, por enforcamento, na seguinte ordem:
1. soldado Lucas Dantas do Amorim Torres;
2. aprendiz de alfaiate Manuel Faustino dos Santos Lira;
3. soldado Luís Gonzaga das Virgens; e
4. mestre alfaiate João de Deus Nascimento.
O quinto condenado à pena capital, o ourives Luís Pires, fugitivo, jamais foi localizado. Pela sentença, todos tiveram os seus nomes e memórias "malditos" até à 3a. geração. Os despojos dos executados foram expostos da seguinte forma:
• a cabeça de Lucas Dantas ficou espetada no Campo do Dique do Desterro;
• a de Manuel Faustino, no Cruzeiro de São Francisco;
• a de João de Deus, na Rua Direita do Palácio (atual Rua Chile); e
• a cabeça e as mãos de Luís Gonzaga ficaram pregadas na forca, levantada na Praça da Piedade, então a principal da cidade.
Esses despojos ficaram à vista, para exemplo da população, por cinco dias, tendo sido recolhidos no dia 13 pela Santa Casa de Misericórdia (instituição responsável pelos cemitérios à época do Brasil Colônia), que os fez sepultar em local desconhecido.
Os demais envolvidos foram condenados à pena de degredo, agravada com a determinação de ser sofrido na costa Ocidental da África, fora dos domínios de Portugal, o que equivalia à morte. Foram eles:
Os demais envolvidos foram condenados à pena de degredo, agravada com a determinação de ser sofrido na costa Ocidental da África, fora dos domínios de Portugal, o que equivalia à morte. Foram eles:
• José de Freitas Sacota e Romão Pinheiro, deixados em Acará, sob domínio holandês;
• Manuel de Santana em Aquito, então domínio dinamarquês;
• Inácio da Silva Pimentel, no Castelo da Mina, sob domínio holandês;
• Luís de França Pires em Cabo Corso;
• José Félix da Costa em Fortaleza do Moura;
• José do Sacramento em Comenda, sob domínio inglês.
Cada um recebeu publicamente 500 chibatadas no Pelourinho, à época no Terreiro de Jesus, e foram depois conduzidos para assistir a execução dos sentenciados à pena capital. A estes degredados acrescentavam-se os nomes de:
• Pedro Leão de Aguilar Pantoja degredado no Presídio de Benguela por 10 anos;
• o escravo Cosme Damião Pereira Bastos, degredado por cinco anos em Angola;
• os escravos Inácio Pires e Manuel José de Vera Cruz, condenados a 500 chibatadas, ficando seus senhores obrigados a vendê-los para fora da Capitania da Bahia;
• José Raimundo Barata de Almeida, degredado para a ilha de Fernando de Noronha;
• os tenentes Hermógenes Francisco de Aguilar Pantoja e José Gomes de Oliveira Borges, permaneceram detidos por seis meses em Salvador;
• Cipriano Barata, detido a 19 de Setembro de 1798, solto em Janeiro de 1800.
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