quinta-feira, 11 de agosto de 2011

As/aos lutadoras (es) grevistas do IFBA

Caríssimos (as) companheiros (as),
“Ou os estudantes se identificam com o destino do seu povo, com ele sofrendo a mesma luta, ou se dissociam do seu povo, e nesse caso, serão aliados daqueles que exploram o povo”. (Florestan Fernandes)

É com muita satisfação que eu Claudio Roberto de Jesus ex-militante do Movimento Estudantil na Universidade do Estado da Bahia – Departamento de Ciências Humanas – Campus IX, Barreiras – Bahia, no Diretório Acadêmico de Pedagogia - DAPed, ex-militante do Movimento Estudantil Unificado – MEU e militante do Partido Socialismo e LiberdadePSOL, identificando-me com o destino do meu povo e com ele sofrendo e lutando a mesma luta me dirijo a vocês para externar o meu sincero apoio neste período de luta e enfrentamento à ordem neoliberal galopante na Educação pública e na sociedade.

Externo também meu profundo respeito e admiração a vocês, nobres companheiras (os) de luta, por não se calarem ao ver os mandos e desmandos de quem tem o “amor do/ao poder”! Como poderíamos nos calar e separarmos, de tão nobre batalha, se nossas lutas são tão convergentes?

Nossa luta encontra abrigo e similaridade na resistência e luta por uma Educação verdadeiramente pública, gratuita e de qualidade para todas (os), referenciada nas lutas sociais. Queremos uma educação democrática e autônoma, voltada inteiramente para as lutas democráticas. Queremos mais Escolas e/ou Universidades sim, mas com o aumento real de sua verbas, com políticas afirmativas, reforma universitária, assistência estudantil, mais pesquisas e mais professoras (es).

A educação no Brasil passa por um período crítico, em que ao longo do tempo a educação pública, de qualidade vem deixando de ser um direito e passa a ser uma mercadoria. Presenciamos, cotidianamente, os ataques vil e torpe à educação pública que sofrendo grave sucateamento em decorrência dos sucessivos cortes de verbas, vem perdendo sua autonomia política e financeira... Essa condição afasta a Educação do seu papel de instrumento para a emancipação.

A profunda desigualdade social do país também se reflete dentro das universidades públicas. É real a existência de estudantes na comunidade acadêmica com dificuldades de se manter em seus cursos. A falta de restaurantes universitários; o escasso número de bolsas; ausência de vagas nas residências universitárias, quando estas existem; gastos imensos com transportes e reprodução de textos, devido a pouca oferta de livros nas bibliotecas têm por conseqüência um baixo rendimento acadêmico, além da grande evasão e retenção de vagas.

Uma situação grave gerada não só pela falta de políticas que visem garantir a permanência dos estudantes nas instituições, mas principalmente pela falta de verbas públicas para sua implementação.

A assistência estudantil não deve ser encarada como uma forma assistencialista, onde imperam a troca de favores ou mesmo a “esmola” para o estudante de nível sócio – econômico baixo. A assistência estudantil é um instrumento de democratização da universidade, possibilitando que os estudantes de baixa renda possam se manter na Universidade de forma plena.”

Na verdade , na verdade, todas essas leis/decretos/planos é mais uma prova da traição de toda história política e social de mais de vinte anos do PT, no caso do PSDB – DEM - PMDB não se trata de traição, aliás podemos até falar em coerência, visto que essa sempre foi a sua postura política, atender o interesse do mercado colocando em prática as políticas neoliberais sem nenhum constrangimento.

Não poderia deixar de apoiar essa luta, nem ela poderia ser feita de forma isolada e fragmentada. Estamos entre os milhares de estudantes espalhadas (os) pelo Brasil, unidas (os) pela coragem e a imensa disposição de darmos uma nova cara para o país. Queremos mais espaços e encontros das diversas áreas. Queremos mais do que diversão e arte. A nossa vontade vai ao encontro de um Brasil plural. Um país para todas (os), democrático, soberano e desenvolvido.

Fazemos parte daquelas (es) que querem um Movimento Estudantil de luta, base, sério, transparente, honesto, enfrentamento e de embate propositivo para mudar a educação e construir um novo Brasil.

A luta das/dos estudantes sempre se deu em vista da superação de crises criando perspectivas mais democráticas e transformadora para toda a sociedade.

Caríssimas (os) companheiras (os), vocês – nós, estamos vivenciando e construindo também, um momento histórico ímpar, bastante propício para debatermos nossa concepção de Movimento Estudantil, Educação, participação, democracia, Universidade e sociedade. Sendo assim, esse momento não pode passar como um momento comum, passar alheio a tudo isso, ou seja, alheio ao debate sobre o Movimento Estudantil, Educação, participação, democracia, Universidade e sociedade. A greve ainda é um recurso revolucionário! Toda greve é vitória, é luta... A greve é um processo de conscientização e atitude!

O Movimento Estudantil, na sua grande maioria compostos por jovens que paradoxalmente ao que se desenha na mídia, é detentor de uma histórica e valente participação combativa, de luta, enfrentamento e embate propositivo reivindicando e lutando junto às classes oprimidas, bem como desempenhando um papel importante e imprescindível nas decisões políticas no cenário da sociedade brasileira e mundial. É comovente constatarmos com o movimento deflagrado por vocês e tantas (os) outras (os) estudantes nesse país, que o Movimento Estudantil (as/os estudantes) não foge a luta e nem trai sua história! É nestes termos que eu Claudio Roberto de Jesus ex-militante do Movimento Estudantil na Universidade do Estado da Bahia – Departamento de Ciências Humanas – Campus IX, Barreiras – Bahia, no Diretório Acadêmico de Pedagogia - DAPed, ex-militante do Movimento Estudantil Unificado – MEU e militante do Partido Socialismo e LiberdadePSOL, saúdo e reitero o meu apoio e solidariedade nesta singular batalha.



“Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros” Che Guevara



“Um homem só morre quando deixa de lutar”

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“.... Que todo jovem militante seja essencialmente humano, que seja tão humano que se aproxime daquilo que há de melhor no homem por meio do trabalho, do estudo, do exercício de solidariedade contínua com o povo e com todos os povos do mundo, que desenvolva ao máximo a sensibilidade a ponto de se sentir angustiado quando um homem é assassinado em qualquer recanto do mundo, ou entusiasmado quando uma nova bandeira de liberdade se levanta em qualquer recanto do mundo, o que todo jovem militante capaz de fazer a revolução precisa é de estudo, trabalho e fuzil...”

(Che Guevara)

Claudio Roberto de Jesus

Partido Socialismo e Liberdade - PSOL



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